O que há por trás de cada curtida?

Quanto vale uma “curtida”? Vale o empenho de exaustivamente buscar o ângulo perfeito daquele prato ao invés de ter aproveitado o jantar? De procurar pela internet uma frase de efeito perfeita praquela publicação enquanto você estava rodeado de amigos? E será que vale mal ter tirado os olhos da tela da sua câmera/celular pra filmar e postar nas redes sociais enquanto o show do seu artista favorito estava acontecendo ali, na sua frente?

Lendo tudo isso, parece óbvio que não! Mas com a popularização da internet e das redes sociais no nosso dia a dia, situações como essas acabam acontecendo sem que a gente nem perceba. Selfies e mais selfies, hashtags infinitas, “sdv” (sigo de volta), “troco likes”… é muito provável que você veja algumas dessas no seu feed de notícias. É uma busca incessante por aceitação e uma ansiedade pela confirmação, que vem através de números, de que você, suas coisas, seus gostos são legais sim, e merecem os joinhas e coraçõezinhos do máximo de pessoas possível, mesmo que sejam de pessoas que você não conheça e nem vá conhecer.

É claro que toda essa tecnologia atual tem sim um lado incrível e mil facilidades e distrações pra ajudar na nossa rotina. Mas ao mesmo tempo em que nos conecta com tantas coisas bacanas, pode acabar nos desconectando de várias outras percepções da vida, como já mostramos aqui e aqui também. E é essa reflexão que o texto “O vazio em cada curtida” do site Ponto Eletrônico traz à tona por meio de diversas análises a respeito da nova cultura e comportamento digital.

Leitura recomendadíssima e muito bem ilustrada por esse vídeo estrelado pela atriz hollywoodiana Kirsten Dunst, que faz uma crítica através de uma situação em que tirar a foto com um ídolo e publicá-la nas redes sociais é mais importante do que a própria interação com ele para essa “geração mobile”, como é usado no texto: